Quanto pode-se descobrir de alguém através da Internet? Para responder essa pergunta, fiz um teste comigo mesmo. Dei uma de detetive digital e comecei a procurar informações no cyber-espaço que revelassem dados sobre a minha pessoa. Após 30 minutos de investigação, já tinha levantado a minha ficha completa. Fiquei impressionado e um pouco preocupado. Apesar de não conseguir muitos dados pessoais relevantes (a não ser idade, sexo, idioma, etc - Nada de CPF e RG, Ufa!!), encontrei muitas outras informações sobre mim, como locais onde estudei e trabalhei, redes sociais que participo, sites onde fiz comentários, entrevistas que dei, eventos que participei e, é claro, esse Blog. Isso pode não parecer muito, mas através de informações desse tipo, mais algumas informações levantadas no "mundo físico", pode-se descobrir muito de alguém. Isso é um alerta para que tomemos mais cuidado (Entendeu Sr. Minutti?) com as informações que armazenamos na Web.
Ok. Então é só ser mais cuidadoso e tudo bem. Infelizmente, não é bem assim. Para mantermos nossa privacidade intacta, seria necessário pararmos de utilizar todos aqueles serviços online que tanto gostamos, como por exemplo, ferramentas de busca e de troca de mensagens instantâneas. Isso porque, muitas dessas ferramentas que nos ajudam no dia-a-dia também armazenam informações em seus bancos de dados, e isso está fora do nosso controle. Segue uma pequena lista com todas as "maravilhosas" ferramentas que podem estar invadindo a nossa privacidade:
- Blogs (Blogspot, Wordpress, Bloglines)
- Álbuns de Foto (Picasa, Flickr, AOL Pictures, WebShots)
- Sites de Vídeos (YouTube, iLike, MSN Vídeos)
- Redes Sociais (Facebook, Orkut, MySpaces, Yahoo! 360)
- Mecanismos de busca na Web (Google, Yahoo! Buscas, MSN Buscas)
- Mecanismos de busca no PC (Google Desktop, Windows Vista)
- Barras de Ferramentas (Yahoo, Microsoft, Google)
- e-mails gratuitos (Yahoo, Hotmail, Gmail)
- Mensagens Instantâneas (Live Messenger, Yahoo Messenger, Google Talk)
- Mapas digitais (MSN Maps, Yahoo Maps, Google Maps, Google Earth)
- Sites de comércio eletrônico (Amazon, Submarino, Americanas.com)
Dentre todas essas ferramentas, acredito que as mais relevantes para todos que utilizam a Internet sejam os mecanismos de busca, como Google e Yahoo. Pois seria praticamente impossível navegar na Web, satisfatoriamente, sem utilizá-los. Por isso,
aqueles que se preocupam com privacidade, devem saber de uma coisa: todas as suas pesquisas são armazenadas. Sabe aquela busca com o nome de uma antiga namorada ou aquele nome de remédio para emagrecer que você queria comprar escondido? Pois é, está tudo armazenado nos servidores do mecanismo de busca que você usou. Muita gente não sabe disso, mas todas as pesquisas ficam armazenadas durante pelo menos 13 meses. Eles armazenam, além dos termos pesquisados, o endereço IP de origem da busca (só lembrando que seu provedor de internet consegue identificar você através do seu IP), um registro de cookie que fica instalado em seu PC e o local de origem do IP (dá para descobrir até a cidade origem do acesso). E se você estiver logado, tem como levantar muito mais informações. Abaixo segue uma tabela com a política dos principais buscadores:
Teve um caso, publicado pelo New York Times (08/2006), que ficou famoso. Houve um vazamento dos dados da base de buscas da AOL e partir do conteúdo das buscas, o NYT não teve dificuldades em localizar na vida real Thelma Arnold, de 62 anos, autora das seguintes buscas: “solteiros de 60 anos” e “cachorros que fazem xixi em qualquer lugar”. Que medo hein?
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